quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O idiota (Tony Lopes)

Navego nessa avenida de isopor
Na solidão dos gritos
A alma balançando com o torpor
Do Porto dos aflitos

Nesses mares  inavegáveis
Mergulho no céu dos pedintes
Com a calma sutil dos tubarões
E os dentes dos famintos

A âncora é o meu anzol
E a baleia a minha contramão
Sempre perdido nessa ilha
O idiota e a sua constelação

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