segunda-feira, 4 de abril de 2016

Cifrões (Tony Lopes)

Atravesso vesgo o verso e sigo torto
O destino que eu mesmo propus
Nem sua boca pode inverter o rumo
Do equivoco que me afastou da luz

Ainda tonto troco o nome do fracasso
Por outro que ainda não escolhi
Nem os ventos fortes conseguem afastar
O dilúvio que está por vir

Sobrevivo como um tolo qualquer
Sem temer pedras, pregos ou espinhos
Carregando no peito a cruz
Sem os cifrões que obstruem os caminhos


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